Wolf Kucinski nasceu em 1932 em Wloclavek, Polônia. Aos três anos de idade, no colo da mãe Ester, chegou ao Brasil onde já se encontrava seu pai, o escritor e militante da ala esquerda do Poalei Tzion Meyer Kucinski.
Adolescente, vivendo num bairro distante do centro de São Paulo, foi atraído pelo Hashomer Hatzair, onde encontrou condições ideais de desenvolvimento intelectual e socialização.
Em 1953 casou-se com Judith Goldstein, também militante do Hashomer, e no ano seguinte o casal fez Aliá com o grupo alocado ao Kibutz Gat. Poucos anos depois (1957), por incompatibilidade, parte do grupo, incluído o casal Kucinski, transferiu-se para o Kibutz Gaash.
Ali Wolf viveu até o fim de seus dias. Faleceu em 10 de fevereiro de 2012. Seis anos depois faleceria Judith. O casal deixou três filhas, uma das quais permaneceu em Gaash, e nove netos.
Wolf pertencia à elite intelectual e ideológica de Gaash, constituída por uma maioria de brasileiros. Auto-didata, estudou filosofia das ciências. De personalidade forte, foi sheliach do Hashomer na Colômbia (1964-1967), e educou, durante anos, jovens da Aliat Hanoar.
Wolf concebeu a fábrica de luminárias de Gaash e bem maduro estudou programação. Com mais dois chaverim do kibutz, estabeleceu uma empresa de software, o que na altura era uma novidade.
Wolf possuía dons artísticos que se revelaram primeiramente no hobby da fotografia. Posteriormente, dedicou-se ao mosaico tendo produzido uma importante obra, parte da qual pode ser vista nas varandas das casas dos veteranos do kibutz.
Wolf era irmão de Ana Rosa, militante política assassinada pelos militares em 1974, e de Bernardo, autor de K e outros livros.
